Novo teste clínico permite diagnóstico simples e rápido de sinais do lúpus : 29/10/2010
Abordagem vai ajudar médicos a avaliarem a atividade da doença e melhorar o tratamento para os pacientes.
Uma descoberta feita pela pesquisadora Emily Baechler Gillespie, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, foi licenciada para o desenvolvimento em laboratório e pode resultar, em breve, em um teste que permite um diagnóstico simples e rápido de sinais iminentes de lúpus para médicos e pacientes. Nova abordagem vai ajudar a avaliar a atividade da doença e melhorar o tratamento para os pacientes.
Tal teste é fundamental, porque não há atualmente nenhuma maneira de prever quando uma pessoa com lúpus eritematoso sistêmico está passando de um ciclo de remissão, quando a doença é relativamente tranquila, a um ciclo de piora, quando a doença está ativa e é frequentemente muito destrutiva.
"Através do apoio do Lupus Research Institute (LRI) constatamos que as mudanças em certos níveis de quimiocinas (proteínas) pode indicar um aumento do risco de um iminente surto que é a informação que pode permitir que os cuidadores minimizem a exposição aos corticosteroides (prednisona) e também prevenir ou diminuir a intensidade dos sintomas", disse Gillespie.
Foi em 2005 que o LRI desenvolveu a ideia inovadora de que certas quimiocinas no sangue poderiam revelar a ativação do sistema imune e sinais iminentes da doença. Em 2009, Gillespie relatou que os níveis de quimiocinas medidos em uma única visita a 222 pacientes com lúpus ativo entre leve e moderado foram preditivos para o desenvolvimento de uma crise da doença ao longo dos 12 meses seguintes. Mais recentemente, os pesquisadores confirmaram os achados em um grupo maior de pacientes.
"Além de ajudar a avaliar a atividade do lúpus e de auxiliar na tomada de decisões sobre o tratamento, o teste também pode ser útil na previsão de sintomas em um tempo mais curto, como seis ou até três meses antes", afirmou Gillespie.
Ensaios para as quimiocinas agora serão realizados em novos pacientes a partir de vários centros clínicos em todo o país e finalmente, um ensaio intervencionista será projetado, no qual os tratamentos preventivos serão usados na tentativa de reduzir a frequência e a gravidade dos sinais da doença em pacientes com níveis elevados de quimiocinas.
Fonte: isaude.net