A diferença da ação do vírus H1N1 se restringe aos casos de maior probabilidade de complicação, como em pessoas com obesidade acentuada ou muito jovens. Foi este o caso da primeira vítima da doença no Brasil, o caminhoneiro de Erechim, que pesava 140 quilos.
O chefe da Unidade de Infectologia do Hospital das Clínicas, Luciano Goldani, aponta outra característica própria do H1N1. Segundo ele, em 25% dos casos, as pessoas apresentaram náuseas, vômitos e diarreia. Para ele, a relevância da gripe A está na rapidez da disseminação, bem maior que a gripe tradicional.
Uma pesquisa divulgada por norte-americanos da Universidade de Wisconsin alerta para as especificidades do H1N1. Segundo o estudo realizado com animais, a nova gripe é mais prejudicial para o sistema respiratório que a comum. No artigo que publicou na revista Nature, o coordenador da pesquisa, Yoshihiro Kawaoka, afirmou que a gripe A não pode ser tratada como uma doença sazonal devido à maior capacidade de infectar os pulmões.

Fonte: Jornal Correio do Povo - 19/07/09